sábado, 15 de outubro de 2011

101 RAZÕES EMOCIONANTES PARA A VIDA CONTINUAR APOS 2012


Antídoto Apocalíptico também seria um título adequado para este livro. Ele é o remédio contra tantas previsões sombrias e nefastas que estão propagando por aí. Ele fortalece as nossas esperanças de um mundo melhor, pois nos lembra 101 razões da perfeição e esmero da Criação que possibilitam as nossas vidas. E esses 101 motivos são indicadores seguros de que o mundo não vai acabar em 2012.


Gênero: Ciências
Editora: Maneco
Autor: Zico Zugno
ISBN: 9788577051298
Ano: 2010
Edição: 1
Número de páginas: 120
Acabamento: Brochura
Formato (LxA) (cm): 16x23

Primeiros capítulos:


2.1 Razões astronômicas



As razões mais astronômicas que viabilizam a nossa vida e que provam que as galáxias, as estrelas, os planetas, os satélites e todas as condições de contorno foram minuciosamente bem-arquitetadas, são descritas a seguir:





001. Potência exata do glorioso Big Bang
           
Vamos começar pelo início da “Era Cosmológica”, a era que percebemos e que podemos imaginar. O primeiro deles, o motivo primordial da existência da vida, é aquele que aconteceu antes de todos: a liberação justa de energia, na taxa exata. A grande maioria dos astrônomos e físicos concorda com a Teoria da Grande Explosão, quando a energia, o espaço e o tempo surgiram. Essa teoria diz que toda a massa do universo partiu de um único ponto há uns 14 bilhões de anos.
Se a mãe das explosões tivesse sido levemente menor, o sistema colapsaria rapidamente, sem chances de desenvolver o universo e, muito menos, qualquer tipo de vida. Ou seja, toda a massa retornaria logo após a grande explosão, movida pelo fantasticamente colossal campo gravitacional. Por outro lado, se essa mega-super-hiper-ultra-explosão tivesse sido levemente mais forte, os fragmentos do cosmo teriam resfriado tanto e tão rapidamente que seria impossível que dessem suporte à vida. O universo seria feito de gás disperso, sem nenhuma oportunidade para o surgimento de planetas e estrelas!

002 A expansão crítica do intrigante universo
           
Todos os cálculos e medições indicam que o espaço sideral continua em expansão. E não está expandindo numa velocidade qualquer. As galáxias estão se afastando, curiosa e enigmaticamente, à velocidade crítica. Nem de mais, nem de menos. Isso significa que não se sabe se o afastamento será para sempre ou se o cosmo parará de crescer e, após, encolherá até que toda a matéria fique concentrada outra vez. Para uma velocidade superior, os astros resfriariam mais rapidamente, e o universo já estaria gelado. A essa hipotética situação de expansão permanente e para sempre, os astrofísicos chamam “universo espacial e temporalmente aberto”.
E, para uma velocidade inferior, planetas como a Terra ainda estariam quentes demais por si só, além de mais perto do Sol. Além disso, a duração da expansão não seria suficiente para a agregação de matéria e formação de estrelas, galáxias e planetas. Muito menos para o desenvolvimento dos ecossistemas terrestres. Essa outra hipotética situação de expansão limitada e com retorno colapsante é chamada “universo espacial e temporalmente fechado”.
A terceira situação é a antiga crença de astrônomos e físicos de que o universo seria estático. Neste último caso, a questão da densidade de irradiação e do aquecimento seria pior ainda e tornaria impossível a nossa existência!
 De novo, a Criação nos surpreende com outra característica limítrofe e fundamental à possibilidade da origem e da permanência da vida.2

003 Distância justa do esplendoroso Sol

O planeta Vivo é o terceiro mais perto da nossa estrela dos oito que orbitam em torno dela, recebendo a densidade de radiação certa para a explosão de vida!
O planeta um pouco mais próximo do Sol do que a Terra é Vênus e, então, é quente demais a ponto de não haver água no estado líquido e ser totalmente envolvido por gases. Repleto de gás carbônico e nuvens de ácido sulfúrico! Vênus, nomeado assim em homenagem à deusa romana da beleza e do amor, está a 108,2 milhões de quilômetros de distância do Sol. O que fica um pouco mais distante, Marte, está a 228 milhões de quilômetros da nossa estrela e já é frio demais. Essa distância justa entre a Terra e o Sol, de cerca de 150 milhões de quilômetros, propicia as condições de luz e calor otimizadas de que a vida necessita. E essa energia demora em torno de 8,333 minutos para chegar aqui.
 Em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, a irradiação solar chega sete vezes mais forte do que aqui, e o Sol aparenta ser 2,5 vezes maior. O raio médio da órbita de Mercúrio é de 57,9 milhões de quilômetros. A temperatura durante o dia chega a 450°C e, à noite, a -180°C. Nem pensar em habitar um planeta desses, não é mesmo?! E nem em Vênus, onde a temperatura na superfície é perto de 465°C devido ao efeito estufa!

3O tempo de transcurso é igual à distância dividida pela velocidade da luz. Assim, 150.000.000 km / 300.000 km/s = 500 segundos = 8,333 minutos.

004. Campo gravitacional de planetas protetores no Sistema Solar

A existência de grandes planetas é motivo marcante para a preservação da vida na Terra. Você lembra de julho de 1994, quando bilhões de pessoas torciam pelos times da Copa do Mundo de Futebol e os brasileiros para serem tetracampeões? Estava com minhas três filhas, ainda pequenas, em Gravatal, bucólica e pitoresca cidade do Estado de Santa Catarina. Mas a minha maior torcida era para que o cometa Shoemaker-Levy 9, que estava próximo da Terra e orbitando Júpiter, não se dirigisse em nossa direção, que passasse longe e não nos atingisse, pois alguns astrônomos alardearam essa preocupação. Cálculos errados ou não indicavam possível rota de colisão caso o planeta gigante do nosso sistema não estivesse no caminho do SL-9. Para a nossa felicidade, a fantástica gravidade de Júpiter atraiu esse cometa para ele. Na realidade, como o campo gravitacional fica aceleradamente mais forte com a aproximação, todos os astros do Sistema Solar ajudaram a desviar a rota original desse cometa, que acabou se chocando com o mais massivo dos nossos planetas. Através de telescópios e da sonda espacial Galileu (que estava chegando, por sorte), cientistas do mundo inteiro acompanharam, filmaram e se surpreenderam ao constatar a magnitude dos estragos causados em Júpiter pelos pedaços maiores. O SL-9 era chamado “colar de pérolas”, pois ele foi se quebrando, e os fragmentos eram alinhados e ficavam bem nas fotos!
A gravidade da situação prevista pelos alarmistas e o medo da possibilidade de colisão de algum cometa ou asteroide e seus fragmentos geraram aquela série de filmes como “Impacto Profundo” e “Armagedon”. Se algum daqueles pedaços tivesse atingido nosso planeta, você não estaria lendo agora, pois as 21 maiores porções impactantes criaram manchas titanicamente monstruosas, algumas da ordem de grandeza do planeta dos humanos.4
O diâmetro de Júpiter, maior planeta do Sistema Solar, mede perto de 143.000 km (quilômetros), mais do que 11 vezes o daqui. E o de Saturno, o segundo maior, é 120.540 km, quase dez vezes maior do que o da Terra. Como resultado desse tamanho e da densidade, a quantidade de matéria em Júpiter é 318 vezes maior do que a da Terra. Então, essas propriedades dimensionais e de massa desse caro astro nos salvaram. E, muitas vezes: só em 2010, foram detectados três significativos cometas ou asteroides chocando-se contra o robusto planeta que está limpando a área.
Exatamente 15 anos depois, em 19/07/2009, outro cometa ou asteroide bateu no mais reforçado planeta daqui e sem aviso-prévio! Ele saiu do escuro e simplesmente abalroou Júpiter, tendo sido captado acidentalmente por um astrônomo amador. Pelo estrago inesperado, a National Aeronautics and Space Administration (NASA) calcula que o pequeno astro tinha poucas centenas de metros de diâmetro. Como curiosidade, na mitologia romana, Júpiter é o deus romano do dia, é o pai do deus Marte e avô de Remo e de Rômulo, lendários fundadores de Roma. Também é comumente identificado com o deus grego Zeus.
A presença de todos os outros planetas do Sistema Solar serve como escudo para a Terra. Todos estão esburacados, alguns repletos de crateras resultantes de incontáveis impactos com meteoritos. Além dos dois gigantes recém-citados, a Terra ainda conta com os colossais gasosos e externos Urano e Netuno. Urano, para os antigos gregos, personificava o céu. Netuno, ou Poseidon, era filho de Saturno, irmão de Júpiter e Plutão e considerado o deus romano do mar e das fontes. Para incrementar a defesa, ainda há os planetas rochosos cujo maior é Vênus (quase do tamanho da Terra) e os pequenos, porém nada desprezíveis pela importância, Marte (batizado pelos romanos como deus da guerra) e Mercúrio (o mensageiro dos deuses, nome devido ao seu rápido movimento). Para completar o amparo, os escudeiros de sacrifício chamados com desprezo de planetas-anões: Plutão, Ceres, Haumea, Makemake, Éris e, provavelmente, outros. Entre Marte e Júpiter, ainda há o reforço do Cinturão de Asteroides, lar do Ceres.

4A fração maior tinha cerca de 2 km de diâmetro, fazia parte do núcleo de uns 5 mil metros de diâmetro e finalizou sua existência a uns 60 km/s (quilômetros por segundo, que é 3.600 vezes mais rápido do que um carro a 60 km/h).

005. Órbita circular da Terra em torno do Sol

Caso a trajetória terrestre em relação à nossa gloriosa estrela fosse elíptica, congelaríamos e, também, torraríamos no mesmo ano. Só essa característica especial do nosso planeta e do Sistema Solar já os torna diferenciados. Que bela “coincidência”, não é mesmo? Sua órbita não é um círculo perfeito, mas quase. Na prática, essa suavíssima elipsidade pouco afeta a intensidade da luz e do calor solares. Atuando em conjunto com a inclinação do eixo da Terra, essa pequena variação só aumenta a diversidade de espécies biológicas. No periélio, ponto mais perto, a distância é de 147,1 milhões de quilômetros; no mais distante, chamado afélio, o afastamento do nosso querido planeta em relação ao Sol é de 152,1 milhões de quilômetros. Então, quando você quiser desenhar a órbita da Terra, use um compasso e faça uma circunferência com o Sol no centro... E não a tradicional e enganada elipse com o Sol em um canto, encontrada em tantos livros e enciclopédias keplerianas!
Todos os planetas do Sistema Solar orbitam, praticamente, no mesmo plano; giram, todos, para o mesmo lado e ao redor de uma única estrela (muitos sistemas solares são binários – com duas estrelas). Juntos com a órbita circular, esses fenômenos cósmicos compõem mais quatro agradáveis “casualidades” para preservar o planeta Vida!



Veja a entrevista no programa Natureza Viva: